quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novo relatório climático reforça visão de que homem causa aquecimento

Painel da ONU divulgou quinto relatório sobre o clima nesta sexta-feira.
IPCC considera responsabilidade humana 'extremamente provável'.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC na sigla em inglês, divulgou nesta sexta-feira (26) um novo relatório que aumenta o grau de certeza dos cientistas em relação à responsabilidade do homem no aquecimento global.

Chamado de "Sumário para os Formuladores de Políticas", o texto afirma que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau - a edição anterior falava em mais de 90%.
O documento apresentado em Estocolmo, na Suécia, em conferência científica realizada ao longo desta semana, mostra também que o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para "níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos".
O novo relatório diz ainda que há ao menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2 ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900), caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas quaisquer políticas climáticas já existentes.
Os 259 pesquisadores-autores de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, estimam ainda que, no pior cenário possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério Norte (veja abaixo uma tabela com os eventos climáticos possíveis, segundo os cientistas).
Trata-se da primeira parte de um conjunto de dados que servirá de base para as negociações climáticas internacionais. A última versão saiu em 2007, quando o estudo rendeu ao painel de especialistas o Prêmio Nobel da Paz. O primeiro capítulo divulgado nesta sexta, de um total de três, aborda A Base das Ciências Físicas. As demais partes serão publicadas em 2014.
IPCC - arte (Foto: G1)
Aquecimento quase certo
Os cientistas tratam como fato o aumento médio de 0,85 ºC na temperatura global entre 1880 e 2012 e que é “muito provável” que desde 1950 houve redução de dias e noites mais frios e aumento de dias e noites mais quentes em todo o planeta.

A temperatura da superfície do oceano teve aumento de 0,11 ºC por década entre 1971 e 2010, e a água marinha está mais ácida, fator que pode prejudicar o ecossistema.
Um ponto considerado polêmico do documento, o chamado "hiato" da mudança climática, foi mantido. O trecho explica que houve uma "desaceleração" no aumento da temperatura global entre 1998 e 2012, com taxa de aquecimento de 0,05 ºC por década, enquanto que período entre 1951 e 2012, essa taxa era de 0,12 ºC. Para o IPCC, esta desaceleração sentida não significa uma mudança de curso no aquecimento do planeta.

Ao avaliar quatro cenários de emissões de gases, o IPCC fez previsões de que até 2100 a temperatura no planeta pode aumentar entre 0,3 ºC e 1,7 ºC (no cenário mais brando, com menos emissões e políticas climáticas implementadas) e entre 2,6 ºC 4,8 ºC se não houver controle do lançamento de gases-estufa.
O relatório aponta também que é forte a evidência de que as camadas polares e glaciares do Ártico e Antártica têm perdido massa de gelo e reduzido sua extensão oceânica.
O texto diz que são “altamente confiáveis” as informações de que a Groenlândia e a Antártica perderam massa de gelo nas últimas duas décadas e que já há migração de ecossistema terrestre para áreas onde o frio predominava (e não havia chance de sobrevivência da maioria dos tipos de vegetais).
“O mais importante é que o gelo fora da região antártica continua com ritmo acelerado de derretimento e, principalmente, as geleiras não polares (encontradas em montanhas) continuam a reduzir rapidamente e a contribuir para o aumento do nível do mar”, explicou o glaciologista brasileiro Jefferson Simões, um dos revisores da parte que aborda as massas de gelo do planeta.
“Agora nós temos muito mais dados e um detalhamento maior, que possibilita que as previsões sejam corrigidas”, complementa.
Segundo o IPCC
- temperatura global aumentou 0,85 ºC entre 1880 e 2012;
- há 95% de chance de que o homem causou aquecimento;
- concentração de CO2 no ar é a maior em 800 mil anos;
- no pior cenário de emissões, a temperatura sobe 4,8 ºC até 2100;
- no mesmo cenário, nível do mar pode aumentar 82 cm até 2100;
- gelo do Ártico pode retroceder 94% até 2100 durante o verão;
Maior emissão de gases
Um dos dados apresentados pelo IPCC aponta que foi registrado um aumento de 43% na forçante radiativa entre 1985 e 2011.
A forçante radiativa é um índice que estima impactos climáticos causados pelo desequilíbrio entre as radiações solares absorvidas pela Terra e o calor devolvido pelo planeta à atmosfera, aquecendo-a. Essa troca de energia equilibrada garante uma temperatura global estável.
No entanto, uma maior emissão de gases e aerossóis pelo homem por conta de queimadas, desmatamento e queima de combustíveis fósseis (principalmente CO2) tem elevado a forçante e, consequentemente, retido uma maior quantidade de calor no planeta.
Segundo Paulo Artaxo, físico da Universidade de São Paulo e um dos coautores do capítulo divulgado, o aumento representa a elevação das concentrações de gases de efeito estufa “que continuam a subir rapidamente”.

Mares mais altos
De acordo com o IPCC, é muito provável que o nível do mar aumente no século 21 em todos os cenários de emissões estudados pelos cientistas. A elevação seria causada pelo aumento do degelo na região da Antártica e do Ártico.

No cenário mais brando, em que há corte de emissões e políticas climáticas, o nível do mar pode subir entre 26 centímetros e 55 centímetros até 2100. Já no pior cenário, com altas emissões de gases-estufa e não cumprimento de regras para a redução delas, o nível do mar aumentaria entre 45 centímetros e 82 centímetros.
O IPCC faz a previsão também de que 95% da totalidade do oceano tem probabilidade alta de aumentar o seu nível e que 70% das regiões costeiras do planeta sofrerão com o avanço do mar.
“É importante salientar que algumas regiões do globo podem ter aumento maior que este e outras regiões aumentos menores, pois este valor é uma média global”, afirma Artaxo.
Esperamos um grande impacto deste relatório nos formuladores de políticas"
José Marengo, pesquisador do Inpe e editor do relatório do IPCC
Credibilidade em xeque
Vazamento de e-mails com conversas entre autores, debatendo possíveis exageros presentes no relatório, ou até mesmo erros cometidos, como a conclusão de que as geleiras nas montanhas do Himalaia derretiam mais rápido do que as outras do mundo e "poderiam desaparecer até 2035, ou antes” – dado que o IPCC considerou um “lamentável erro” – levantou um debate sobre a credibilidade da instituição.
O fato alimentou a opinião de céticos em relação às mudanças climáticas. Mas, para cientistas brasileiros envolvidos na elaboração do documento e ouvidos pelo G1, foram problemas pontuais que não diminuíram a “confiabilidade científica” do painel.
"Houve uma mudança na forma de trabalhar, os capítulos foram enviados para revisão internacional. Esperamos um grande impacto deste relatório nos formuladores de políticas", afirma José Marengo, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O pesquisador, que é um dos editores do capítulo divulgado, duvida que a confiabilidade científica do texto do IPCC tenha diminuído. "O fato de que há críticos por aí não significa que está errado ou cheio de problemas", disse.
“A credibilidade não é colocada em dúvida por causa de questões menores perto de milhares de aspectos acertados no relatório. Sempre é possível que pequenos deslizes ocorram em qualquer tipo de trabalho, mas isso não tira o brilho de uma extensa análise feita por milhares de cientistas”, afirmou Paulo Artaxo.
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O homem e o clima
As conclusões do novo relatório do IPCC sobre os eventos climáticos
Eventos climáticos
Já aconteceram mudanças?

O homem contribuiu para essas mudanças?
Probabilidade de que ocorram mais mudanças até o fim do século 21

Dias mais quentes ou menos dias frios na maioria das áreas terrestres
Muito provável

Muito provável
Praticamente certo

Aumento de ondas de calor
Média confiança

Provável

Muito Provável

Aumento de chuvas fortes
Provavelmente haverá mais áreas com aumento do que com diminuição. Muito provavelmente na América do Norte central

Média confiança*

Muito Provável

Aumento da intensidade ou duração das secas
Baixa confiança em escala global

Baixa confiança*

Provável (com média confiança)

Aumento na atividade de ciclones tropicais
Baixa confiança em mudanças de longo prazo*

Baixa confiança*

Mais provável que ocorra do que que não ocorra

Aumento do nível do mar
Provável

Provável*

Muito provável

* Expressa o nível de confiança dos cientistas, com base nas informações disponíveis e no grau de concordância entre os especialistas a respeito de cada tema

domingo, 29 de setembro de 2013


Gelo no verão do Ártico pode sumir em 40 anos

artico


São Paulo – A camada de gelo do Ártico durante o verão poderá desaparecer até meados do século, indica a versão preliminar do quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que será divulgado nesta sexta-feira.
A avaliação é um dos aspectos mais notáveis do relatório feito por mais de 800 cientistas de todo o mundo e que revisa estimativas anteriores sobre o quão rápido o gelo do norte está derretendo. Os estragos feitos pelo aquecimento global no Ártico evoluem numa velocidade bem maior do que previsto anteriormente.

m 13 setembro, o gelo do mar Ártico atingiu sua menor extensão para 2013, de 5,1 milhões de quilômetros quadrados. Veja abaixo um vídeo pela Nasa que mostra o degelo na região entre maio e setembro deste ano. A extensão mínima de gelo foi a sexta mais baixa já registrada via satélite, e reforça a tendência de queda a longo prazo na extensão do gelo do Ártico.
Em setembro de 2012, o Centro Nacional de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) anunciou que o Ártico apresentou um degelo recorde desde 1979, quando a região começou a ser monitorada por satélites. Na ocasião, a extensão da cobertura de gelo caiu para 3,41 milhões de km² – 50% menor que a média entre 1979 e 2000.






Terra em 2013 está pior que em 2007







aquecimento global


São Paulo - Com 90% de probabilidade, é seguro dizer que a ciência já tinha certeza, em 2007, quando foi divulgado o relatório anterior do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de que a culpa do aquecimento que o planeta já vem experimentando e sofrerá ainda mais no futuro é do homem. No novo relatório, essa certeza aumentou ainda mais - mas numa proporção ainda maior se elevou o impacto do homem sobre a Terra. O planeta de 2013 é pior que o de 2007 e fica a dúvida se desta vez a mensagem dos cientistas vai conseguir sensibilizar os governantes e provocar ações.
"O IPCC é um corpo científico, fazemos ciência, não fazemos política pública. É a ONU e os governos que têm de ouvir a mensagem científica e agir. Nossa obrigação é mostrar que a urgência está aumentando e é isso que trazemos nesse relatório", afirma o pesquisador brasileiro Paulo Artaxo, da USP, e um dos autores principais do capítulo sobre nuvens e aerossóis.

Essa conclusão, segundo Artaxo, está sintetizada em um dado que num primeiro olhar pode ser de difícil compreensão - a chamada forçante radiativa, que mede o conjunto das interferências humanas no clima. De 2005 (ano base medido no relatório de 2007) a 2011 (usado no texto atual), houve um aumento de 43% nesse valor.
Na prática ela reflete a alteração no balanço radiativo da atmosfera. "O que mantém a vida e o clima no planeta é esse equilíbrio entre o quanto entra de radiação solar na Terra e o quanto sai. A forçante expressa essa diferença", diz.
Quanto mais gases de efeito estufa se acumulam na atmosfera, mais a radiação fica retida. E o valor da forçante sobe. "No final das contas, ela reflete todos os mecanismos com os quais o homem está alternando o clima. E em cinco anos, essa interferência aumentou 43%. É uma alteração brutal", diz.
Ao comparar, nos dois relatórios, os efeitos das mudanças climáticas já sentidos pelo planeta, fica mais evidente essa piora. No texto de 2007, por exemplo, a elevação do nível do mar registrada desde 1901 era de 17 centímetros. Agora são 19 cm. O aumento da temperatura a partir de 1850 era de 0,76°C. No novo relatório, partindo de 1880, o clima esquentou 0,85°C.
Na versão anterior se considerava que o Ártico estava perdendo 2,7% de gelo por década. Na atual, vai de 3,% a 4,1%. Aumentou, ainda, o grau de certeza de que estamos experimentando mais noites e dias quentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

UMA SOLUÇÃO PARA A SÍRIA




Há poucas semanas, as crianças nesta foto foram assassinadas com gás enquanto dormiam, mas parece que o mundo as esqueceu e se perdeu em um debate entre um ataque aéreo dos EUA na Síria ou fazer nada. Agora há um lampejo de esperança de um fim pacífico para estes massacres

A guerra sangrenta na Síria tem sido fortalecida pela rivalidade entre o Irã, o principal apoiador de Assad, e os EUA e seus aliados. Mas esse abominável ataque com armas químicas mudou o discurso deles: o novo presidente do Irã condenou o uso de gás e Obama sinalizou que trabalharia com "qualquer um" para solucionar o conflito. Vamos convocar com urgência ambos os líderes para sentar à mesa de negociações e reunir os dois lados do conflito antes que mais vidas sejam perdidas. 

Neste exato momento, os tambores da guerra estão soando para a Síria, mas se muitos de nós garantirmos que Hassan Rouhani, presidente do Irã, e Obama saibam que o mundo quer uma diplomacia ousada, podemos acabar com esse pesadelo para milhares de crianças sírias, aterrorizadas pela ameaça de novos ataques de gás. Não temos tempo a perder. Junte-se ao nosso apelo urgente -- quando atingirmos um milhão de assinaturas, entregaremos esta petição diretamente aos dois presidentes.


Aos presidentes Barack Obama e Hassan Rouhani:
Enquanto cidadãos de todos os cantos do mundo, horrorizados com o massacre de crianças inocentes na Síria, exigimos que V. Exas coloquem de lado suas diferenças e encontrem uma solução diplomática para trazer todos os lados do conflito sírio à mesa de negociações, estabelecer um cessar-fogo e alcançar a paz. V. Exas estão em uma posição única para ajudar a encontrar uma solução e um avanço diplomático ambicioso é o caminho. Exigimos que V. Exas busquem esta saída e comecem a salvar vidas.
http://www.avaaz.org/po/solution_for_syria_loc/?tcOmfeb

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O NOSSO BEM MAIS PRECIOSO


A água é uma poesia em muitas formas e ela está presente em cada segundo das nossas vidas. Sem ela, somos nada. Até a vida de quem habita regiões que são verdadeiros desertos ou mesmo certas áreas do Nordeste brasileiro é completamente focada em onde encontrar a água de cada dia. Em aulas de arte, é fácil retratá-la através de imagens de rios, lagos, mares, poços e até copos e piscinas. Água caindo como chuva, neve ou numa cachoeira – ou mesmo da mangueira do quintal. Água subindo, em vapor ou em chafarizes. Água sólida, na forma de gelo dentro de um copo ou em imensas geleiras. Água intocável como nuvens e bruma.
Pode ser que tem água por todas as partes, que os oceanos são mares sem fim, mas é bom lembrar: a quantidade de água na Terra é finita.
Não se cria água, apenas se transforma do estado líquido em vapor ou em gelo e de volta em líquido. É cada vez mais importante e mais difícil conservar as águas existentes em condições de pureza. No decorrer desse século, vamos ter que fazer grandes esforços para preservar as fontes que temos dessa riqueza.
A água é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, nós dependemos dela para viver. No entanto, por maior que seja a importância da água, as pessoas continuam poluindo os rios e suas nascentes, esquecendo o quanto ela é essencial para nossas vidas.
A água é, provavelmente o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário.
Segundo estatísticas, 70% do planeta é constituído de água, sendo que somente 3% são de água doce e, desse total, 98% está de água subterrânea. Isto quer dizer que a maior parte da água disponível e própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água existente na nossa Terra. Nas sociedades modernas, a busca do conforto implica necessariamente em um aumento considerável das necessidades diárias de água.
Os recursos hídricos têm profunda importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. Em relação à produção agrícola, a água pode representar até 90% da composição física das plantas. A falta d’água em períodos de crescimento dos vegetais pode destruir lavouras e até ecossistemas devidamente implantados. Na indústria, para se obter diversos produtos, as quantidades de água necessárias são muitas vezes superiores ao volume produzido.
Observando os dados abaixo, percebemos que precisamos começar a utilizar a água de forma prudente e racional, evitando o desperdício e a poluição, pois:
- Um sexto da população mundial, mais de um bilhão de pessoas, não têm acesso a água potável;
- 40% dos habitantes do planeta (2.400 milhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico;
- Cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a um saneamento e higiene deficientes;
- Segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água.

A ÁGUA NO MUNDO
No dia 22 de março, é comemorado o dia mundial da água. Se hoje os países lutam por petróleo, não está longe o dia em que a água será devidamente reconhecida como o bem mais precioso da humanidade.
A Terra possui 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água, mas apenas 2,5% desse total é doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a humanidade retira o que consome só correspondem a 0,26% desse percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Em todo mundo, 10% da utilização da água vai para o abastecimento público, 23% para a indústria e 67% para a agricultura.
A água doce utilizada pelo homem vem das represas, rios, lagos, açudes, reservas subterrâneas e em certos casos do mar (após um processo chamado dessalinização). A água para o consumo é armazenada em reservatórios de distribuição e depois enviada para grandes tanques e caixas d’água de casas e edifícios. Após o uso, a água segue pela rede de captação de esgotos. Antes de voltar à natureza, ela deve ser novamente tratada, para evitar a contaminação de rios e reservatórios.
A ÁGUA NO BRASIL
O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume d’água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Ao mesmo tempo, é também uma das regiões menos habitadas do Brasil.
Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a falta d’água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nestas cidades.
Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento. Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

AQUECIMENTO JÁ ALTERA A CHUVAS NO MUNDO



Um novo estudo mostra pela primeira vez que o aquecimento global já está afetando os padrões de chuva no mundo, trazendo mais precipitação para o norte da Europa, para o Canadá e para o norte da Rússia e menos para regiões da África ao sul do Saara, da Índia e do Sudeste Asiático. 
As mudanças "já podem ter afetado de forma significativa os ecossistemas, a agricultura e a vida humana em regiões que são sensíveis a mudanças na precipitação, como o Sahel [na fronteira sul do Saara]", alerta o artigo científico na edição desta semana da revista britânica "Nature". 
Há tempos os cientistas dizem que o aquecimento global deve interferir com os padrões de chuva e neve, porque as temperaturas do ar e do mar, bem como a pressão atmosférica no nível do mar - forças que estão por trás dos padrões de precipitação - já estão mudando. 
Contudo, até agora, a evidência de que as mudanças de precipitação já estavam ocorrendo existia apenas de forma anedótica ou em modelos de computador. Um dos obstáculos para os cientistas era a falta de dados precisos e de longo prazo sobre a chuva ao redor do mundo, de forma a permitir que eles eliminassem a chance de mudanças simplesmente regionais ou cíclicas. 
Francis Zwiers, pesquisador do órgão de monitoramento ambiental Environment Canada, conseguiu combinar de forma coerente vários conjuntos de dados de forma a contornar esse problema. Eles foram comparados com simulações do clima global ao longo do século 20, e a conclusão é que há um elo claro entre o aquecimento global e as mudanças nos padrões de chuva, com uma "contribuição significativa" das temperaturas mais elevadas. 
Segundo o estudo, as regiões temperadas do hemisfério Norte passaram por aumentos de precipitação, enquanto as áreas tropicais do hemisfério Norte ficaram mais secas. Ao mesmo tempo, os trópicos do hemisfério Sul (área na qual se encaixa a quase totalidade do território brasileiro) ficaram mais chuvosos. 


Aquecimento pode deixar Andes sem água 
O aquecimento global está secando lagos montanhosos e pântanos nos Andes e colocando em risco o fornecimento de água a grandes cidades latino-americanas como La Paz, Bogotá e Quito, mostram pesquisas do Banco Mundial. O risco é especialmente grande no habitat úmido andino conhecido como páramo, responsável por 80% do fornecimento de água aos 7 milhões de habitantes de Bogotá, na Colômbia. 
A elevação das temperaturas está fazendo com que as nuvens que cobrem os Andes condensem-se a altitudes maiores. Segundo Walter Vergara, especialista do Banco Mundial em aquecimento global, o chamado ponto de orvalho vai se dar fora das montanhas, se isso continuar acontecendo. 
"Já estamos observando que os lagos e pântanos estão secando", disse ele sobre a pesquisa do Instituto de Estudos de Hidrologia, Meteorologia e Ambientais da Colômbia, financiada pelo Banco Mundial. As nuvens estão subindo a montanha por causa da mudança no clima, e em determinado momento vão acabar deixando a montanha." O derretimento das geleiras, também provocado pelo aquecimento global, pode prejudicar o fornecimento de água para Quito e a geração de energia hidrelétrica no Peru. 
Vergara foi o principal autor de uma pesquisa do Banco Mundial publicada no mês passado que concluiu que o Equador vai ter de gastar 100 milhões de dólares nas próximas duas décadas para compensar o recuo das geleiras - substituindo a água das geleiras pela da bacia amazônica, por exemplo. As geleiras das montanhas funcionam como um regulador, fornecendo água nos períodos de seca, quando derretem, e absorvendo a água nos períodos de umidade.   

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A ÁGUA, O FUTURO E DOIS TIPOS DE ESPERANÇA



Dia 22 de março foi o "Dia Mundial da Água”, criado pela ONU para que o mundo tome consciência e faça algo para evitar um grande desastre que poderá cair sobre a humanidade com a escassez de água potável no mundo.
Todos, ou quase todos, já viram ou ouviram falar do que pode acontecer se continuarmos desperdiçando um bem tão vital como água potável. Mas, parece que apenas um número relativamente pequeno está levando esse problema a sério. Por que será isso?
Muitos dos que estão engajados na campanha pela preservação de recursos naturais escassos, como água, parecem pressupor que as pessoas não se "conscientizaram” só porque ainda não conhecem suficientemente o problema. Assim, a contramedida seria falar mais, "conscientizar” mais. É claro que há muitos que ainda não conhecem esse problema, mas eu suspeito que haja outros fatores que levam pessoas que já conhecem, já tomaram consciência do problema da água, a viverem como se nada de grave fosse acontecer no futuro.
Deixe-me dar um exemplo do cotidiano para explicar melhor o que quero dizer. Quando algum conhecido nosso enfrenta um problema grave de saúde, nós costumamos encorajá-lo dizendo que "tudo vai ficar bem”. E isso é importante porque sem esperança a pessoa não encontra força para lutar contra a enfermidade ou para enfrentar os efeitos colaterais do tratamento. Essa expressão "tudo vai ficar bem” revela uma confiança de que há um ser superior dirigindo as nossas vidas. E, se ao final, a pessoa morre, dizemos aos seus entes queridos que ela foi para um lugar melhor. Isto é, "tudo vai ficar bem”, mesmo após a morte.
Esse tipo de "esperança” aparece também em algumas visões sobre a história da humanidade e do universo/criação. Há grupos – alguns ligados a eco-espiritualidade – que dizem que há um Deus bom e providencial guiando todo o universo. Todo o universo estaria prenhe do Espírito divino. E por isso a história da humanidade e de todo o universo caminha para um ponto de plenitude, e o bem vencerá o mal. É uma visão ampliada do "tudo vai ficar bem”.
Se "tudo vai acabar bem”, por que deveríamos levar a sério a ameaça de um futuro sombrio para humanidade por conta do desperdício da água potável? Quem compartilha dessa esperança "sabe” que Deus dará um jeito para resolver o problema no futuro. A esperança por detrás do "tudo vai acabar bem” é um tipo de esperança que pode conduzir a uma catástrofe. É um tipo de esperança que H. Hannoun chamou de "esperança expectante”, que apenas espera.
Há, especialmente entre cristãos mais fundamentalistas, um outro tipo de esperança que leva as pessoas a não fazer nada diante do desafio. É a esperança "apocalíptica” fundamentalista de que o mundo só terá jeito após a volta de Jesus, e essa volta será precedida por grandes catástrofes. Neste sentido, a crise da água potável seria um sinal positivo, pois apressaria a volta de Jesus.
As pessoas e os povos só atuarão de verdade e efetivamente se levarem a sério a ameaça que enfrentamos. E para levar a sério esse desafio, devemos abandonar as concepções "teológicas” de histórias dirigidas ou guiadas por deuses, Espírito ou por algum tipo de "lei da história”. Precisamos assumir, intelectual e existencialmente, que o futuro está aberto diante de nós. Mas, não nos engajamos nas lutas difíceis só porque descobrimos problemas graves. É preciso de uma força espiritual que nasce da esperança! Esperança essa que não seja somente "expectante”, mas que leva a uma ação. Uma esperança que nasce de uma fé de que o mundo e o futuro podem ser melhores; uma esperança que nos convoca para ação.



Escrito por ciro.redes às 21h20

quinta-feira, 28 de março de 2013

Era de Aquarius

                       

Cálculos


Era de Aquarius ou Era de Aquário, iniciando-se por volta de século XXVII e seguindo-se à presente Era de Pisces, é um período de tempo na astrologia. Essa era ocorrerá quando o Sol, no dia do equinócio de outono (hemisfério Sul)ou da primavera (hemisfério Norte), nascer a frente da Constelação de Aquário, sendo que atualmente o Sol nasce na Constelação de Peixes. Aproximadamente a cada 2160 anos o Sol, no dia do equinócio de outono (hemisfério Sul)ou da primavera (hemisfério Norte), nasce a frente de uma constelação diferente.

De acordo com os cálculos de diferentes estudiosos da astrologia, as datas prováveis aproximadas para entrada na Era de Aquarius serão 2638 d.C. (Elsa M. Glover), 2654 d.C. (Max Heindel) ou 2680 d.C. (Shepherd Simpson), contudo todas elas são bastante próximas umas das outras tendo em conta que são cálculos para um evento a ter lugar apenas no século XXV. É também entendido pelos astrólogos que esta não é uma divisão matemática do tempo, mas sim um processo, intitulado "Orbe de influência", através do qual uma era inicia a sua influência, de um modo cada vez mais visível, antes do final da era anterior.
Carl Jung referiu, em meados do século XX, que as Eras astrológicas são baseadas nas constelações reais e não nas secções de 30 graus do zodíaco. Como Pisces é uma constelação maior a transição para Aquarius só terá lugar apenas por volta de 2600 d.C.
Em 1929, a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações oficiais. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário localiza o início da Era de Aquário por volta de 2600d.C.
                                  

Aspectos astrológicos


Terra, em adição ao movimento de rotação em volta de seu eixo, tem um movimento de precessão envolvendo uma lenta e periódica mudança do seu próprio eixo. Este movimento dá origem àprecessão dos equinócios na qual a posição do Sol na eclíptica na altura dos equinócios, medida em função de um fundo de estrelas fixas, muda gradualmente com o tempo (o Sol parece cruzar o equador no equinócio vernal, ou início do outono (hemisfério Sul)ou da primavera (hemisfério Norte), cada ano um pouco antes do ponto no qual cruzou o equador no ano anterior).
Em astrologia a Era Solar é definida pela constelação na qual o Sol aparece durante o equinócio vernal. Como cada signo do zodíaco tem (em média) 30 graus, cada era solar dura aproximadamente 70anos/grau × 30graus = 2.100 anos. Isto significa que o Sol cruza o equador no equinócio vernal em movimento de retrocesso de ano para ano a uma média de um grau em setenta e dois anos, uma constelação em cerca de 2156 anos e os doze signos em cerca de 25 868 anos (designado Grande Ano Sideral).
Esta é um divisão intelectual do círculo do zodíaco que coincide com as constelações no céu apenas um vez em cada 25 868 anos.
A última vez que este ponto de partida no zodíaco intelectual coincidiu com a constelação zodiacal foi em 498 d.C. Um ano depois destes pontos de ambos os zodíacos estarem concêntricos, o Sol cruzou o equador a cerca de cinquenta segundos de espaço para a constelação Pisces. No ano seguinte estava a um minuto e quarenta segundos em Pisces, e desde então tem vido a retroceder até que na actualidade o Sol cruza o equador a cerca de nove graus na constelação Pisces. Será pois apenas daqui por cerca de 600 anos que cruzará o equador celestial na constelação Aquarius.
Em termos simples, significa que a actual Era de Pisces inciou-se cerca de 500 d.C., dado que foi a última vez que, astronomicamente, o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces (altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram). Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Pisces e será apenas por volta de 2600 d.C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius.
                      

Orbe de influência

Acerca dos efeitos visíveis na humanidade, é relatado que temos estado já a sentir as influências de Aquarius (designado como Orbe de influência) no desenvolvimento acelerado a nível individual, social, cultural, científico e tecnológico e na globalização ocorridos por todo o século XX.

[editar]Visão geral

Prediz-se que a Era Aquariana será uma era de fraternidade universal baseada na razão onde será possível solucionar os problemas sociais de maneira equitativa para todos e com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual, dado que Aquarius é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta regente, Urano, é associado com a intuição (conhecimento acima da razão) e percepções diretas do coração e, a nível mundano, este planeta rege a electricidade e tecnologia.

[editar]Visão Cristã ortodoxa

Segundo a visão de algumas correntes do cristianismo, a era de Aquário surgiria para substituir a de Pisces (Peixes), sendo que o peixe no caso teria o sentido de representar o símbolo do cristianismo (devido às iniciais de Jesus Cristo em grego), como teria sido usado pelos primeiros cristãos. Assim, era de aquário seria a era definida na Bíblia de domínio do anticristo, a era em que a Terra estaria fora de uma influência cristã e por isso seria uma era de enganos onde o mal seria encarnado e dominaria por um certo tempo. Eis a seguir alguns trechos bíblicos que reforçam tal visão:
1. "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,[...] Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição[anticristo], O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus". 2 Tessalonicenses 2:1-4
Aqui o apóstolo paulo refere-se ao dia do rapto da igreja por parte de Jesus, como ele havia prometido. Que não aconteceria sem que antes o anticristo tenha se revelado ao mundo.
2. "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobre-virá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão". 1 Tessalonicenses 5:3
A visão cristã ortodoxa refere-se a paz descria acima como uma falsa paz proposta pelo anticristo ao mundo durante um período de sete anos.
3. Aqui, segundo o contexto, Daniel se refere à pessoa do anticristo: "Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana[Profeticamente sete anos]. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado". Daniel 9:27
4. "De fato, muitos enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em corpo. Tal é o enganador e o anticristo". 2 João 1:7
5. "Depois disseram: "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra". O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo. E disse o Senhor: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros". Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade". Gênesis 11:4-8
Percebe-se pelo texto que Deus desaprova a unificação do mundo. Satanás tentará criar um reino unificado pela ultima vez antes da vinda de Jesus, que destruirá novamente a reconstruída "torre de babel", e reinará então, segundo o livro do apocalipse, para sempre com os seus eleitos.

[editar]Visão da tradição Cristã esotérica

Segundo o Cristianismo esotérico, a cada vez maior proximidade e posterior entrada na Era de Aquarius (Aquário) - a suceder após a actual Era de Pisces (Peixes, ou era regida pela "Espada") - proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta, a verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos e interiores que Cristo menciona em Mateus 13:11 e Lucas 8:10. Esta era é vista como uma preparação intermédia para a Nova Galileia: os "novos céus e uma nova terra" que virá num tempo futuro não identificado. Na Era de Aquário que se aproxima é esperada a vinda ("está vindo") de um grande Instrutor espiritual através da escola que funciona como arauto desta era, num esforço "para dar à Religião Cristã um impulso numa nova direcção".

          
Acredita-se ainda que o homem com o cântaro de água mencionado no livro de Marcos, seja uma referência simbólica à entrada da humanidade na casa de Aquário. "E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem, que leva um cântaro de água, vos encontrará; segui-o. E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali." Mc 14:13-15





RAÇÃO DA MORINGA OLEÍFERA PARA ANIMAIS E HUMANOS

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