quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

10 LUGARES NO MUNDO QUE PODEM ESTAR PRÓXIMOS DO FIM


O mundo pode até não acabar no dia 21 /12/2012 , como sugere o Calendário Maia, mas, para alguns lugares, a ameaça de sumir do mapa é real e crescente. Pressões humanas, aquecimento global e o aumento do nível do mar colocam em risco o destinos.


                                                          
                                                        MAR MORTO



Dono da água mais salgada do mundo e famosa por suas supostas propriedades medicinais, o Mar Morto está desaparecendo a taxas recordes. Nos últimos 50 anos, um terço de sua superfície sumiu. Em 2011, a baixa foi de cerca de 1,5 m - a maior e mais rápida já registrada ao longo de um ano.
A explicação em grande medida vem do aumento da captação de água do seu afluente, o Rio Jordão, única fonte de água doce da região, usada por empresas e para irrigação de plantações agrícolas. A evaporação natural também é um fator que contribui para a degradação do mar
                                   GRANDE BARREIRAS DE CORAIS AUSTRALIANA
Estendendo-se por mais de 2.000 quilômetros ao longo da costa do estado de Queensland, a Grande Barreira de Corais é composta por quase três mil pequenos recifes e mais de 900 ilhas no oceano Pacífico. A maior barreira de corais do planeta vive uma crise ambiental sem precedentes. Relatório recente mostra que a Grande Barreira de Corais Australiana já perdeu mais da metade de sua cobertura (50,7%) nos últimos 27 anos. E, se nada for feito na próxima década, podem restar apenas 5% da formação no ano de 2022, diz o documento do Instituto Australiano de Ciência Marinha, que sintetizou mais de 2 mil trabalhos científicos sobre o assunto      

                                                       BAIXO MANHATTAN                                                                                             

 Quando foi atingida pela supertempestade Sandy em outubro, parte de Nova York, incluindo aí as linhas de metrô, ficou praticamente submersa. Motivos não faltam para preocupação. Um estudo feito pelo think tank norte-americano Climate Center, uma entidade especializada em questões de mudanças climáticas criou um mapa online onde é possível verificar as projeção da elevação do nível do mar até o final do século em um mundo em aquecimento constante. Com uma elevação de até dois metros no nível das águas, prevista para 2100, toda a parte baixa de Nova York estaria sob risco de submergir.
                                                                     POLOS

Quatro trilhões de toneladas. Esse é o volume estimado de gelo que derreteu ao longo dos últimos 20 anos na Groelândia e na Antártica, segundo um estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores apoiados pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA). O volume de gelo que virou água no período contribuiu para o aumento de 11 milímetros no nível do mar, uma forte evidência do aquecimento global. Cerca de dois terços da perda está vindo da Groenlândia, e o restante da Antártica.

                                                 VIRUNGA NATIONAL PARK


Criado em 1925, o parque mais antigo da África é também o refúgio do gorila da montanha, que se encontra sob risco de extinção. Pelo menos 200 animais dessa espécie vivem no parque, localizado na República Democrática do Congo. Mas eles não estão a salvo. A floresta, que também abriga refugiados da guerra civil de Ruanda, de 1994, tem sido alvo de desmatamento e caça ilegal, o que ameaça a sobrevivência dos primatas.

                                        MONTE KILIMANJARO, TANZÂNIA


Estudo recente feito pela Universiade de Ohio, nos EUA, mostra que a neve do Kilimanjaro, o pico mais alto da África, está "derretendo". Segundo os cientistas, os glaciares diminuíram pelo menos 17 metros desde a década de 60. Eles não sabem precisar, no entanto, se a redução da camada de gelo é causada pelo aquecimento global ou pela variação climática natural. Nesse ritmo, a neve do monte pode desaparecer dentro de 20 anos.

                                                                        BUTÃO

Encravado entre a China e a Índia, o reino do Butão possui muitas montanhas e picos nevados, entre eles o Monte Chomolhari ou Jomolhari, com aproximadamente 7,3 mil metros de altura. O rápido derretimento do gelo que corre para os lagos nos vales é uma ameaça para as comunidades da região. Há o perigo das represas nos lagos romperem e causarem deslizamentos de terra e enchentes, destruindo assim vilarejos locais, mosteiros e plantações.

                                                                 SAVANA AFRICANA


A mudança no uso da terra, o desmatamento maciço, impulsionado pelo rápido crescimento da população humana, tem deteriorado as savanas africanas, segundo um estudo da Universidade de Duke. Agora, alertam os cientistas, restam apenas 25% de um ecossistema que já foi maior que todo os Estados Unidos. O ambiente é o habitat natural dos leões, que estão desaparecendo em ritmo alarmante na África - a população de felinos diminuiu 68% em apenas 50 anos.

                                          GLACIER NATIONAL PARK, MONTANA


Com mais de 700 quilômetros de trilhas e geleiras, o Glacier National Park, localizado no estado de Montana, nos EUA, apresenta alguns efeitos claros do aquecimento global. Segundo estudos de instituições americanas, os glaciares estão diminuindo e muitas já desapareceram. Estima-se que havia cerca de 150 geleiras na região em 1850, mas em 2010 havia apenas 25 de grandes dimensões (mais de 25 acres), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
                                                          ILHAS SALOMÃO


As Ilhas Salomão são uma nação insular a leste de Papua-Nova Guiné e que consiste de quase mil ilhas. Como outros micropaíses insulares, o aumento do nível do mar é uma grande preocupação para a região. Comunidades inteiras estão se realocando para evitar catástrofes a medida que as marés sobem. As ilhas com altitudes mais baixas são as mais atingidas.




São Francisco pode ser extinto, diz biólogo


Após quatro anos de monitoramento do rio e das obras de transposição de parte das águas do São Francisco, o biólogo José Alves Siqueira, 41, e outros 99 pesquisadores alertam: o rio está em processo de "extinção inexorável".
O professor integra a equipe da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em Petrolina (PE), contratada pelo governo federal para fazer o inventário da flora e da fauna ao longo de todo o trecho da obra.
Divulgação
O biólogo José Alves de Siqueira, da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
O biólogo José Alves de Siqueira, da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
O resultado encontrado no rio e nos 469 quilômetros de canais está no livro "Floras das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação" (Andrea Jackobsson Estúdio). Leia os principais trechos da entrevista.
*
Folha - O título do primeiro capítulo do livro assusta: "A extinção inexorável do rio São Francisco". Como vocês identificaram esse processo e por que o consideram inexorável?
José Alves Siqueira - Eu fiz uma pesquisa minuciosa sobre todos os problemas históricos que ocorreram no São Francisco desde o seu descobrimento. A gente teve um dos rios mais piscosos do país. Com as barragens [Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó], a gente perdeu todos aqueles peixes que sobem as corredeiras para se reproduzir. O São Francisco é o rio mais barrado do Brasil.
Se as coisas continuarem do jeito que estão, quanto tempo o São Francisco ainda tem?
A gente não tem como fazer um cálculo preciso. O processo está em curso, o rio está sofrendo profundamente com o desmatamento de suas matas ciliares.
Qual a participação da transposição neste processo?
Existe um passivo ambiental da obra, em torno de R$ 20 milhões, R$ 25 milhões. Esse recurso deve ser usado para implementar unidades de conservação. Podemos transformar o problema da transposição numa oportunidade.
Na prática, como a obra da transposição está colaborando com o processo?
Ainda não temos as respostas claras. A gente encontrou 62 espécies exóticas invasoras, que não são da flora brasileira, já nas áreas do canal. Quando ela [a invasora] chega, ocupa espaço de espécies nativas e provoca destruição das outras.
O senhor é favorável à obra?
A gente não está discutindo se é a favor ou contra porque a obra já está em curso. Hoje o nosso papel é tentar mitigar os impactos. Os impactos existem. [Mas] o que a gente pode fazer para tornar isso razoavelmente viável?
O senhor fala que ainda tem muito a se avançar nesse processo de mitigação dos impactos. Como?
Algo para ser feito em caráter emergencial [é] a implementação dos programas de recuperação de áreas degradadas. As grandes empreiteiras têm obrigação de implementar esses planos de recuperação. Isso não está acontecendo. Quando oferecem a possibilidade de fazer, fazem com espécies exóticas invasoras. A gente tem um conjunto de oportunidades que não pode perder vista. Não teremos uma segunda oportunidade. Não há nada de sensacionalista nisso. Não é uma crítica gratuita.
Qual o papel dessa estiagem prolongada no Nordeste neste processo de extinção do rio?
É mais um agravante porque a demanda por água aumenta. Os bancos de areia no São Francisco estão cada vez maiores. A gente está vivendo um processo de aquecimento global e a caatinga é o lugar do Brasil mais suscetível a essas mudanças climáticas.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DESÁSTRES ECOLÓGIGOS PARA NÃO ESQUECER!


Achei de suma importância relatar estes grandes impactos ambientais, para que além de não esquecê-los, possamos estar sempre vigilantes e reflexivos sobre tema tão necessário.

As imagens chocam!
Prestige não aguenta e se parte ao meio.
No dia 19 de Novembro de 2002, um petroleiro grego, o Prestige deixou vazar para o oceano 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia, originando marés negras nas costas francesas, espanholas e portuguesas.
Apenas 24 horas depois do acidente a mancha de petróleo já atingia 37 quilômetros e 200 metros da costa afetando 700 praias e matando 20 mil aves.
A saga desta tragédia com este antigo navio (petroleiro de casco simples construído em 1976), começou na verdade no dia 13 de Novembro, quando foi feito um pedido de socorro, após ter sido detectado um rombo de 35 metros no casco, levando o navio a tombar.
Foi providenciado o reboque do petroleiro com o intuito de afastá-lo o mais longe possível da costa. Nos dias que se passaram, a fenda no casco do navio só aumentava, e a quantidade de óleo despejada no mar era cada vez maior, até que, no dia de 19 de Novembro, o Prestige partiu-se em dois e afundou-se a 3300 metros de profundidade, juntamente com 77 mil toneladas de petróleo.
Serão muitas as consequências a médio e longo prazo, tanto a nível ambiental, como econômico e social.
Nos meses seguintes ao desastre, o submarino-robô Nautile (francês) soldou o navio afundado a 3,600 metros de profundidade.
O Prestige
O Prestige
Saddan detona o golfo Pérsico.
Em 1991 o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou que se incendiasse cerca de 700 poços de petróleo no Kuwait, país que tinha invadido e estava sendo expulso pelas tropas dos Estados Unidos.
A assustadora quantidade de 1 milhão de litros de óleo foram lançados no golfo Pérsico ou queimados.
A fumaça dos poços bloqueou a luz Solar e lançou um mar de fuligem no ar.
No mínimo mil pessoas morreram de problemas respiratórios.
A mancha viscosa de 1500 km2 matou mais de 25 mil aves e poluiu 600 quilômetros da costa.
O petróleo se infiltrou no solo, impedindo as sementes de germinarem.
A terra ficou com absorção de água quase nula e ainda cerca de 40% da água subterrânea foi contaminada.
Kuwait
Kuwait
Exxon Valdez derrama 40 milhões.
O petroleiro Exxon Valdez colidiu (março de 1989) com rochas submersas na costa do Alasca provocando, talvez, o mais grave desastre ecológico por derramamento de óleo (por um navio) até hoje.
Cerca de 100 mil aves mortas e 2 mil quilômetros de praias contaminadas foi apenas uma parte do estrago causado por 40 milhões de litros de óleo lançados ao mar.
O problema se agravou porque, com o frio, o óleo demora para se tornar solúvel e ser consumido por microorganismos marítimos, agravando o problema, pois a biodegradação ocorre com eficácia apenas a partir dos 15 ºC.
Apesar da limpeza, que mobilizou mais de 10 mil pessoas, cerca de 800 mil litros do petróleo continuam poluindo a costa da região até hoje.
Exxon Valdez
Exxon Valdez
Minamata e o mercúrio.
Considerado uma vergonha oriental, uma doença batizada de mal de Minamata, que causava paralisias e podia matar, atacou os pescadores desta baía.
O ano era 1956, quando mais de 3 mil pessoas adoeceram e centenas morreram vítimas da doença.
O motivo de tal mal, foi que uma empresa de fertilizantes, a Chisso Corporation, durante 40 anos derramou 27 toneladas de mercúrio no oceano.
A contaminação atingiu peixes e frutos do mar, a principal fonte de alimentação das famílias da região.
As redes de proteção que impediam os peixes contaminados de nadar para outras águas foram retiradas em 1997, deixando a região livre do mercúrio.
Minamata
Minamata
Union Carbide simplesmente se omite.
Cerca de 2500 pessoas morreram pelo contato com as substâncias letais e outras 150 mil sofreram com queimaduras nos olhos e pulmões.
Tudo começou na tenebrosa madrugada de 3 de dezembro de 1984, em Bhopal, Índia, quando mais de 45 toneladas de gases tóxicos vazaram de um tanque da fábrica de agrotóxicos Union Carbide.
A empresa simplesmente abandonou o local e não tomou conhecimento, da forma que deveria.
Os efeitos danosos foram terríveis e até hoje, o solo e a água têm altos níveis de metais pesados e derivados de cloro cancerígenos.
Várias manifestações foram feitas pedindo a limpeza da área, a maioria inutilmente.
Union Carbide
Union Carbide
O Pesadelo atômico de 1945.
Um marco do horror nuclear, as duas bombas detonadas em agosto de 1945 nas cidades de Hiroshima e Nagasáki mataram que instantaneamente entre150 mil e 220 mil japoneses.
Como os documentos militares da época foram destruídos, as estimativas não são tão precisas.
Num raio de até 1 quilômetro do centro da explosão, quase todos os animais e plantas morreram com as ondas de choque e calor.
De ká para cá, a radiação aumentou em 51% a ocorrência de leucemia nos habitantes.
Dizem os especialistas que as duas cidades já possuem índices de radiação aceitáveis nos dias atuais.
Será?
Hiroshima e Nagasaki
Hiroshima e Nagasaki
Chernobyl assusta o mundo.
Liberando uma radiação 90 vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasáki a explosão de um dos quatro reatores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia (uma ex-república soviética) em 1986, matou na hora 32 pessoas e mais de 10 mil nos anos seguintes.
Atingindo a Europa, a nuvem nuclear contaminou milhares de quilômetros de florestas e causou doenças em mais de 40 mil pessoas se tornando o pior acidente nuclear da história.
Muitas crianças e adultos sofreram terríveis e monstruosas mutações!
Na época o presidente da extinta União Soviética Mikhail Gorbachev admitiu: “Camaradas, pela primeira vez, enfrentaremos a energia nuclear fora de controle.”
Chernobyl
Chernobyl
No Brasil.
Considerado como o “Vale da Morte” pelo jornal americano The New York Times, o pólo petroquímico paulista de Cubatão gerava tanta poluição na região que chegou a produzir bebês sem cérebro chocando a opinião pública em todo o mundo.
Em 1980 as indústrias do pólo cuspiam cerca de mil toneladas de gases tóxicos por dia, alimentando uma névoa venenosa que afetava o sistema respiratório e gerava bebês com deformidades físicas, contaminando também a água e o solo da região.
Chuvas ácidas e deslizamentos na serra do Mar eram uma constante.
Após as denúncias, as autoridades exigiram o controle da poluição industrial, melhorando a situação, mas não resolveu totalmente o problema.
De acordo com o Greenpeace, há riscos de contaminação no depósito de organoclorados (substâncias tóxicas que podem causar câncer) da empresa Rhodia.
A empresa, alega que eliminou os contaminantes em dez áreas clandestinas da década 70 e que o depósito atual possui sistemas de segurança e que também passa por inspeções constantes da Cetesb, órgão do governo paulista.
Vai saber!
Cubatão
Cubatão


Leia mais: http://www.duniverso.com.br/desastres-ecologicos-para-nao-esquecer/#ixzz2DzFjbQ00

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Conheça os personagens da região de Belo Monte


Germano Lüders, editor de fotografia, e Alexa Salomão, editora de economia, de EXAME, estiveram no município de Altamira, no Pará, para ver de perto as obras da hidrelétrica de Belo Monte e as comunidades que vivem à beira da chamada Volta Grande do




Vida na aldeia
Índios Jurunas constroem espaço de eventos na aldeia Muratu, na terra indígena Paquiçamba que fica às margens do Rio Xingu, no Pará.


Cacique Muratu
Cacique Giliarde Juruna, da aldeia Muratu, na terra indígena Paquiçamba.
Parte da renda da aldeia vem da pesca de peixes ornamentais.

Escola improvisada
O ensino na escola pública da maioria das aldeias só vai até o quarto ano do ensino fundamental.
Sem condições de cursar uma escola regular nas cidades, que ficam distantes, a maioria dos índios mal sabe ler e escrever. 

O chefe dos Arara
Leôncio Arara, chefe da aldeia Arara da Volta Grande, localizada na terra dos Arara, às margens do rio Xingu, no Pará. Na hierarquia indígena, o chefe é o líder da tribo.
O cacique é o segundo no comando e deve compartilhar as decisões com o chefe até que tenha conhecimento e respeito dos demais integrantes da aldeia para assumir o comando. Leôncio prepara o neto para substituí-lo. 

Meio de transporte
Apesar de ter acesso a transamazônica, Altamira, cidade localizada às margens do rio, é o maior município do Brasil em extensão territorial e ainda possui mal serviço de estradas. 


Barragem principal
Trecho onde será construída a barragem principal de Belo Monte com 24 turbinas.


Máquinas e equipamentos
Há cerca de 1 700 máquinas e equipamentos operando nos canteiros de Belo Monte. No pico da obra, em 2013, serão 2 500.



Prainha
No local onde o Xingu banha a cidade de Altamira foi construída uma orla, batizada de prainha, onde é possível passear para observar o rio.





Líder popular
Antônia Melo é uma conhecida líder popular da região de Altamira. Desde a década de 80 participa da fundação de movimentos sociais de mulheres e de defesa de menores e foi a primeira conselheira tutelar da cidade.
Nascida no interior do Piauí, chegou em Altamira aos 5 anos com os pais, pequenos agricultores. Hoje atua como coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, organização que sempre se opôs a Belo Monte.




O bispo do Xingu
Desde que chegou ao Pará, em 1965, Dom Erwin Kräutler atua em movimentos de defesa da preservação ambiental e da cultura de indígenas na Amazônia. Reuniu-se várias vezes com integrantes do governo em Brasília na tentativa de evitar a construção de Belo Monte.
Trabalhou com a irmã Dorothy Stang, religiosa americana assassinada em 2005 com seis tiros, em Anapu, também no Pará. Krätler já foi amaeaçado várias vezes por ter denunciado a exploração sexual de adolescentes por políticos da região, combater a grilagem de terra e o desmatamento provocado por madeireiras e vive com escolta policial permanente. 

Refeitórios
No pico da obra, os 15 refeitórios erguidos nos canteiros de obras de Belo Monte vão servir refeições diárias para 22 000 trabalhadores. Hoje já há 15 000 na área. 






Estradas na floresta
O CCBM, Consórcio Construtor de Belo Monte, abriu 115 quilômetros de estradas nos municípios de Altamira e Vitória do Xingu, parte delas em áreas de mata fechada.
Alexa Salomão - EXAME

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Apesar de polêmicas e protestos, obras em Belo Monte continuam


Cerca de 15% do empreendimento já foi construído.
Custo previsto da construção da usina é de R$ 19 bilhões.

Mesmo depois de várias polêmicas e constantes protestos, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte segue com todo vapor. Aproximadamente 15% das obras do empreendimento, localizado na região do Xingu, no sudoeste do Pará, já foram concluídos. O local deve gerar energia para todo o Brasil.
O sítio Belo Monte é o principal canteiro de obras da hidrelétrica, onde vai funcionar o coração da usina. É onde está em construção a casa de força principal do empreendimento, onde vão funcionar 18 turbinas, com capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts (MW) de energia elétrica.
Um paredão que ficará a 100 metros do nível do mar também está sendo construído. A partir do ponto onde estará localizado, mais 67 metros de estrutura maciça serão construídos, o equivalente a um prédio de 22 andares. A construção terá 210 metros de largura e, quando ficar pronta, pelo menos 22 metros de profundidade, que serão cobertos por água.

Outra obra que está em fase de construção é o canal de derivação, por onde será feito o desvio do leito do rio Xingu e vai passar toda a água que deve gerar a energia de Belo Monte. A obra deve demorar pelo menos cinco anos para ficar pronta.

Outra obra que está em fase de construção é o canal de derivação, por onde será feito o desvio do leito do rio Xingu e vai passar toda a água que deve gerar a energia de Belo Monte. A obra deve demorar pelo menos cinco anos para ficar pronta.


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Homens do exército participaram de treinamento para, em caso de conflito, proteger um dos principais canteiros da usina de Belo Monte (Foto: Reprodução/TV Liberal)Homens do exército participaram de treinamento
no Sítio Pimental (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Mais de 250 homens do Exército participaram de um treinamento na área do Sítio Pimental, onde é feito o barramento do rio Xingu. O local já foi invadido por manifestantes contrários a obra e indígenas. Os militares simularam uma operação para ocupar as instalações do canteiro e garantir o funcionamento da obra em caso de situação de conflito.

A usinaA Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Agronegócio sustentável é discutido em SP











Lideranças do setor defendem a formulação de políticas que busquem a garantia de segurança alimentar e energética.

Sophia Gebrim

A oferta de alimentos e de energia renovável de forma sustentável foi defendida pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, na manhã desta segunda-feira (06/08) no 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo. O evento, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), reúne representantes das mais diversas cadeiras produtivas do agronegócio, entre governo, associações públicas e empresas nacionais e internacionais.


"O Brasil, que hoje é líder na produção mundial de alimentos, está investido cada vez mais em práticas agrícolas sustentáveis, com a preservação do meio ambiente e inclusão social", destacou Cabral, que representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a abertura do encontro. Para ele, do ponto de vista legal, a nova Lei Florestal abrirá o espaço necessário para avançar cada vez mais em medidas que garantam a produção sustentável de alimentos no país.

ESPÉCIES NATIVAS

Às 17h30, Paulo Cabral participa do painel "Políticas Públicas e Brasil Ofertante de Alimentos e de Energia". O incentivo à produção de espécies nativas, como forma de gerar renda e inclusão social, além da preservação ambiental, será um dos pontos abordados pelo secretário do Ministério do Meio Ambiente. "Podemos dizer que um dos diferenciais do agronegócio brasileiro está na produção de espécies nativas com uso econômico, que agregam valor à nossa produção de alimentos e competitividade ao setor", diz.


A evolução econômica do setor, com ênfase na renda gerada e consumo de alimentos nos últimos anos, foi tema de painel, na manhã desta segunda, que contou com a participação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Lideranças dos mais diversos setores da cadeia produtiva do agronegócio também destacaram as necessidades para evolução do setor e a necessidade de formulação de políticas que busquem a garantia de segurança alimentar e energética.

domingo, 8 de julho de 2012


AQUECIMENTO GLOBAL

Condições climáticas extremas afetam o hemisfério norte

A medida que o planeta esquenta, ocorrências que costumavam ser raras estão se tornando normais

A Inglaterra e o norte da Europa estão passando por uma estação que já foi apelidada de “verão perdido”. Esses países tiveram os meses de abril e junho com a maior quantidade de chuva e a primavera mais fria da história, e não há perspectiva para o término do clima anormal. Mas estes podem encontrar algum conforto no fato de que não estão sozinhos.
Nos EUA, 100 milhões de pessoas em 17 estados já tiveram que ser alertadas a respeito dos perigos de uma das ondas de calor mais intensas desde o século passado. A vida se tornou insuportável em muitas cidades americanas, com temperaturas que ultrapassaram e permaneceram acima dos 38° C por vários dias. Mais de 40.000 recordes de temperatura já foram estabelecidos nos EUA neste ano, e tempestades, índices pluviométricos recordes e incêndios florestais gigantescos causaram o sofrimento de milhões. Muitos idosos certamente morrerão sob a onda de calor e os preços dos alimentos certamente subirão.
Mas essas condições climáticas extremas podem ser experimentadas em muito mais lugares do que apenas no norte europeu ou nos EUA. O último mês de maio foi o segundo mês mais quente da história e o mais quente registrado no hemisfério norte. A ligação entre uma atmosfera em aquecimento e eventos climáticos individuais não é clara, mas ninguém deve duvidar da agitação física. Nas últimas semanas, testemunhou-se o derretimento do gelo do Oceano Ártico em um ritmo recorde, o rio Amazonas atingindo o nível mais alto já registrado, imensas incêndios na Sibéria e no leste da Rússia, a temperatura atingindo inimagináveis 48° C no norte da Índia, e uma monção de uma intensidade anormal que até agora tirou a vida de centenas de pessoas e deixou aproximadamente 7 milhões de pessoas desabrigadas em Assam e no sul de Bangladesh.
Sempre houve eventos climáticos inesperados, mas cada vez mais climatologistas consideram que eventos desse tipo estão se tornando menos comuns. Ao invés de acontecer a cada 10 ou 20 anos, eles estão acontecendo a cada 2 ou 3. Isso, eles estão começando a perceber, é o novo normal, um aperitivo do futuro à medida que o planeta esquenta.

sábado, 23 de junho de 2012



É muito fácil dizer que a Rio+20 foi um fracasso. Basta analisar o texto final das negociações oficiais travadas pelos governos no Riocentro e avaliar se houve avanço. Não havendo, declara-se o fiasco. É uma avaliação correta, mas limitada de um evento que foi muito mais amplo do que uma busca de acordos ou documentos oficiais. Não dá para afirmar que o texto final assinado pelos representantes do países foi uma decepção ou que ficou aquém das expectativas. Essas expectativas já eram baixas. Os desafios presentes muito antes de o início da Rio+20 dá deixavam claro que não havia muita margem para avanço oficial. Mas felizmente o progresso rumo a uma economia verde depende cada vez menos dos governos.
Um passeio pelas centenas de eventos paralelos à reunião oficial no Riocentro mostrava um quadro encorajador. Foi o maior encontro de empresas, ONGs e representantes de governos federais, estaduais e municipais rumo ao desenvolvimento sustentável. Eles tinham boas histórias para contar e ótimos acordos para travar.
Grandes instituições financeiras globais como o Bank of America e o Asian Development Bank discutiam como financiar investimentos em energia limpa e eficiência energética. “Precisamos começar de baixo, com as fábricas e companhias: trabalhar com elas e aí fazer os negociadores andarem para frente”, afirmou Ole Andreas Lindeman, diplomata do Ministério de Relações Exteriores da Noruega, em uma apresentação com empresários dos setores bancário e de energia. “Aliás, aqui é bem mais divertido do que a mesa de negociações. A sociedade hoje vai na frente. Os governos seguem”, disse. Até porque, nas democracias, os governos não são nada mais do que agências a serviço dos cidadãos.
Em uma das grandes salas do Riocentro, o Cebeds, entidade de reúne as maiores empresas do Brasil, lançou um relatório com a visão estratégica conjunta das companhias para os próximos anos. Lista tudo que os ambientalistas diziam no passado, como fim do desmatamento, aumento nas energias limpas, substituição de materiais, reciclagem etc. As entidades que regulam os balanços financeiros das empresas debateram como incluir o capital natural na contabilidade. Nem dá para dizer que os governos estão parados. O grupo C-40, que com prefeitos de algumas das maiores metrópoles do mundo, responsáveis por 14% das emissões de gases de efeito estufa, anunciou a meta de reduzir 1 bilhão de toneladas de poluentes.
“As negociações oficiais não são uma panacéia”, disse o príncipe Albert II, de Mônaco, no Fórum de Sustentabilidade Corporativa, que durou 4 dias e reuniu centenas de líderes globais, entre empresários, ministros e presidentes. “Os governos precisam de apoio de um grupo de outras forças para mudar nossa economia.” E esse grupo está andando bem rápido. “Não podemos esperar por acordos globais para nos guiar”, afirmou Mark Kenber, diretor do Climate Group, uma iniciativa global sediada no Reino Unido para incentivar a transição das empresas para uma produção sem emissões de efeito estufa. “A liderança agora vem de empreendedores e de grandes empresas”, afirmou. O grupo, inspirado pelo ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, conta com presidentes de empresas como a Philips, governadores como da província canadense de Quebec e instituições como o Banco Mundial.
Bandeiras que há décadas eram agitadas apenas por pesquisadores e ativistas mais ousados agora entraram na linguagem consensual. Há 20 anos, na Rio 92, pensadores como Chris Flavin, do Worldwatch Institute propunham acabar com os subsídios para os combustíveis fósseis e eram desdenhados por empresas e governos. Durante a Rio+20, enquanto os ativistas estendiam faixa em Copacabana pedindo o fim do apoio à energia suja, a mesma proposta rolava em mesas de discussão promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (o antigo terror dos ativistas).
Durante a Rio+20, o que se viu foi uma convergência de visões que superou as expectativas. A necessidade de se adequar os limites naturais já é aceita como uma realidade. Enfrentar as mudanças climáticas é uma premissa básica. Se a Rio 92 foi um grande encontro para conscientização e alerta, a Rio+20 foi uma convenção para combinar os caminhos a seguir.
(Alexandre Mansur)

RAÇÃO DA MORINGA OLEÍFERA PARA ANIMAIS E HUMANOS

RAÇÃO DA MORINGA OLEÍFERA PARA ANIMAIS E HUMANOS